segunda-feira, 4 de junho de 2012

Então fica resolvido: eu vou sempre discordar. Vou ser sempre do contra. Vou sempre questionar. Mas eu sempre entro e sai de casa de alma limpa e despida de preconceitos.
Eu sempre estarei indo e você vindo, mas provavelmente não vamos nos encontrar no meio do caminho: a minha urgência em chegar em algum lugar não me permite. Não trocaremos um olá seco e um olhar profundo. Talvez só uma imagem no retrovisor. E isso me basta. Pois não quebra o encantamento. Só a intimidade quebra. E ela é para poucos que entendem que eu sempre vou discordar, eu sempre vou ser do contra. O lado oposto da moeda que ninguém sabe qual é quando é lançada ao ar em um jogo de cara ou coroa probabilistico.
E a cada três ou quatro anos eu vou querer mudar tudo: jogar tudo para o alto. Roupas. Cabelo. Personalidade. Amigos. Vou querer acordar um dia numa realidade diferente. Criar uma nova rotina. Andar do outro lado da rua, com o Ipod no modo aleatório. E minha musica favorita irá tocar de repente. E eu irei encontrar pessoas incríveis de repente.

Mas não pense, meu caro, que isso é uma inconsitencia da parte. Não. Não é. É apenas o oposto disfarça. É na mudança que reside a minha constância:
"Eu não sou promiscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro."

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